quarta-feira, 11 de junho de 2014

My body is here

Eu tenho um caderno onde risco cada dia do ano que se passa. Ninguém nem sabe disso e eu francamente não ligo de souberem. Sabe, pra mim é bom olhar todos aqueles dias riscados e pensar que neles eu estava tão mal quanto estou hoje e, provavelmente, vou estar amanhã. É bom saber que mesmo sendo ruim, cada diazinho daqueles passou, cada dor, cada ferida meio que cicatrizou, cada sonho valeu a pena, cada oração me aliviou, cada lágrima secou. Eu não posso dizer que no final disso tudo eu estou aqui, bem e super viva porque eu estaria mentindo (e muito!), mas eu posso dizer que estou em um episódio do livro da minha vida em que eu do reticências e apenas espero a próxima ideia vir.
   Esses dias pra trás, eu escrevi uma frase simples que dizia: eu estou cansada de ser telespectadora da minha própria vida. Não me arrependo de forma alguma de ter escrito isso, afinal é a mais pura verdade. Você se sente como se estivesse no "modo automático"? Eu me sinto assim e não é de hoje. É como se eu não tomasse decisões nenhuma na minha vida, só deixasse acontecer e seguir a minha rotina de cada dia, pois até quando estou em um dia que posso fazer algo imprevisível eu acabo fazendo a mesma coisa de sempre: nada.
   Mudando o assunto. Eu estou cansada de meus olhos se enxerem de lágrimas quando alguém me pergunta se ta tudo bem ou o que aconteceu. Tem várias outras coisas das quais eu estou cansada, mas uma delas é de pedir socorro e todo mundo achar que é so mais uma faze adolescente. PORRA, ESSA FAZE RUIM NÃO PASSA NUNCA? ESTOU CANSADA, QUEBRADA. TALVEZ EU ME ARREPENDA DISSO MAIS TARDE, MAS EU JURO QUE NÃO TENHO MAIS MOTIVOS PRA FINGIR QUE ESTOU FELIZ QUANDO TUDO ESTÁ DESMORONANDO. EU PRECISO DE AJUDA E RECONHECO ISSO, SÃO OS OUTROS QUE NÃO O FAZEM.



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