terça-feira, 1 de julho de 2014

Sobre a redoma

“Estou me mantendo longe de tudo que considero prejudicial a mim, ou seja, pessoas.”
— 20.06.2014 (via heroi-ignorad0)


Eu estava errada. Fiquei ocupada demais todo esse tempo me preocupando em como eu precisava ter uma vida social e não parei em momento algum para perceber o quanto era isso que ainda me fazia estar de pé, a minha zona de conforto. Não percebi que estar sozinha o tempo todo me fez até bem. Acontece que eu sou fraca, assim como os muros que crei a minha volta, então um comentário maldoso vindo de uma pessoa aleatória pode me ferir, pode me ferir muito. Eu só acho que as pessoas não precisam me ferir, eu mesma já faço isso todos os dias ao abrir os olhos. 
Sabe, é até engraçado quando as pessoas me falam que eu tenho sorte por ter um teto sobre a minha cabeça, - isso mesmo, não chamo de lar, acho que lar é um lugar em que você tem que gostar de estar - ter comida todos os dias e estar viva, mas elas nunca  me perguntaram se eu gosto de estar viva. Quer saber? Não, eu não gosto. Na verdade, odeio. Acho que tudo seria tão mais simples se eu me deitasse agora e não acordasse mais, seria tão mais simples pra mim e pra todos a minha volta se eu não tivesse que encarar esse sacrifício que é viver. E comigo é sempre assim: sempre acho que dessa vez tudo vai melhorar, vai ser diferente e eu sempre me fodo. Por falar em foder, as vezes me pergunto por que nunca falo palavrões, acho que é porque palavrões não são o suficiente pra expressar o que eu sinto.
Não é como se eu pensasse em suicídio, mas se um caminhão estivesse vindo na minha direção, não tenho certeza se eu sairia da frente.



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